Os divertículos dos cólons são herniações – uma espécie de pequenas bolsas – da mucosa intestinal, geralmente localizadas na região do cólon sigmóide, que é a parte final do intestino grosso que antecede a região do reto.
Os divertículos podem ser congênitos ou adquiridos.
Os congênitos são formados por todas as camadas da parede intestinal e os adquiridos, representados pela herniação da mucosa por pulsão.
Os divertículos surgem em decorrência da falta de fibras na alimentação.
Na dieta escassa em fibras, como acontece nas refeições à base de carboidratos refinados (massas) ou proteínas (carnes), o volume fecal é menor, o que eleva a pressão dentro dos cólons e aumenta a tensão da parede intestinal.
Com a idade, geralmente após os 40 anos, ocorre diminuição progressiva da elasticidade da parede intestinal que, sob pressão, dá origem a pontos frfagilizados onde surgem divertículos.
O termo diverticulose é empregado à aqueles casos em que os divertículos estão presentes no cólon, mas não produzem sintomas.
As taxas da diverticulose aumentam com a idade.
A diverticulose é rara abaixo dos 35 anos, pouco freqüente aos 40 anos, acometendo menos de 5% da população, mas apresenta taxa crescente após essa idade, chegando entre 30% e 50% da população aos 60 anos e em mais de 70% após os 70 anos.
Com relação ao sexo, atinge tanto como mulheres, com maior ou menor acometimento, dependendo da faixa etária:
Faixa etária | Incidência |
Até os 50 anos | Mais frequente em homens |
50-70 anos | Pouco mais frequente em mulheres |
Mais de 70 anos | Mais frequente em mulheres |
O termo doença diverticular é empregado à aqueles casos em que os divertículos estão presentes no cólon e o paciente percebe seus sintomas, pois existe um pequeno grau de inflamação.
Os sintomas apresentados por pessoas portadoras de doença diverticular não complicada são:
A diverticulite é uma complicação da doença diverticular dos cólons. Ocorre em casos em que os divertículos presentes no cólon estão associados a sinais e sintomas de inflamação, como dor abdominal, em geral na parte inferior do abdome, acompanhada de febre, sudorese e taquicardia.
A diverticulite aguda está, na maioria das vezes, relacionada aos seguintes sintomas:
A doença diverticular dos cólons, quando não tratada adequadamente, pode trazer várias complicações, como diverticulite e pus no abdome (abscesso), perfuração do cólon, peritonite, obstrução intestinal, fístulas e hemorragias intestinais.
Na maioria das vezes, requer hospitalização e cirurgia.
A ingestão recomendada de fibras, cerca de 20 a 35 g/dia, proporciona:
Seu médico irá orientá-lo quanto à melhor opção de tratamento. Vários fatores serão levados em consideração e as recomendações irão variar de acordo com a gravidade de cada situação. Em casos mais simples o uso de fibras e anti-inflamatórios específicos para o intestino poderão estar indicados; casos mais graves, como a diverticulite aguda, podem requerer o uso de antibióticos apropriados e, em algumas situações, o tratamento cirúrgico pode estar indicado.
– Dieta rica em fibras ou uso de suplementos à base de fibras.
– Evite o sedentarismo com exercícios físicos monitorados ou orientados por profissionais (professores de educação física, fisioterapeutas), três a quatro vezes por semana.
– Perca peso, se estiver acima do peso.
– Beba bastante líquido (uma média de dois litros de água ao dia).
– Caso note alguma alteração recente do hábito intestinal (diarreia ou intestino preso), dor abdominal, perda de peso não intencional ou presença de sangue nas fezes, procure ajuda médica.